domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sob a sombra do nazismo: a história de Niklas Frank, filho do 'açougueiro da Polônia'

Na foto, Heinrich Himmler (segundo da esquerda para a direita) e Hans Frank (centro), o "açougueiro da Polônia", em Cracóvia
Niklas promove em escolas na Alemanha debates sobre o nazismo e a culpa originada a partir do período
"Eu me masturbava todo ano na noite de 16 de outubro, porque nesse dia, em 1946, executaram meu pai [Hans Frank] nos julgamentos de Nuremberg. Imaginava suas últimas horas na cela, a chegada dos guardas, o trajeto até a forca e sua morte - o momento em que eu atingia o orgasmo", contou ao Opera Mundi Niklas Frank, de 71 anos, filho do governador nazista da Polônia responsável pela morte de milhões de pessoas em campos de extermínio. Ele é o único descendente direto de líderes nazistas - à exceção do filho do secretário de Hitler, Martin Bormann – que denunciou os crimes de sua família.

Niklas fez isso por meio de um livro que publicou em 1987, provocando uma tormenta no país. Não satisfeito, contudo, desde então percorre cada canto da Alemanha dando palestras em colégios e universidades para evitar que os jovens ingressem em grupos neonazistas, combinando isso com o trabalho de jornalista na prestigiada revista alemã Stern. Sua última escala: o pitoresco povoado de Nagold, no sudoeste da Alemanha, antigo reduto nazista perto de um campo de concentração, onde nos encontramos.

Eram sete e meia da manhã e o dia estava cinzento e gelado, com uma densa neblina. O sol acabava de nascer e o único ruído era o de nossos passos avançando entre lápides cobertas por uma fina camada de neve. À nossa frente, erguia-se uma bela igreja do ano 700, lotada por mais de uma centena de crianças de 15 e 16 anos de uma escola local, curiosas com a chegada do estranho visitante.

Enquanto caminhávamos, Niklas comentou como, nos anos 1990, muitos saíam horrorizados quando ele começava as palestras com a execução de seu pai e sua masturbação – "A linguagem que uso é muito forte" –, mas acrescentou que tudo isso mudou. "Os estudantes agora escutam o que digo e costumamos ter depois uma boa discussão sobre como enfrentar os crimes do Terceiro Reich. Mas sempre fico surpreso quando me perguntam se o livro me ajudou a me libertar. Respondo: 'Por que eu? Por acaso vocês se libertaram do passado nazista? Como se o problema fosse só meu'", afirmou, rindo.

Olhando ao redor, lembrou de quando era criança e brincava entre os túmulos de reis polacos. E de como, pouco depois da execução de seu pai, quando tinha apenas sete anos, um dia viu uma foto de corpos amontoados em um jornal, ao lado da palavra "Polônia". A Polônia não pertencia à sua família? De onde saíam tantos cadáveres? "Perguntei à minha mãe o que havia acontecido, mas não me deram uma resposta. O choque dura até hoje."

Outros descendentes de líderes nazistas, ainda que não tão diretos, também enfrentaram seu passado. Bettina Göering, sobrinha-neta do marechal e braço direito de Adolf Hitler, chegou a ligar as trompas aos 30 anos para não ter descendentes. E Katrin Himmler, sobrinha-neta de Heinrich Himmler, casou-se com um israelense filho de sobreviventes do Holocausto e escreveu um livro contra sua família, prestes a ser publicado em espanhol. Mas ninguém causou tanta comoção quanto Niklas.

"Não é fácil matar sua família várias vezes"

O rumor dos estudantes se intensificou à medida que nos aproximamos da igreja. Dentro, a nave estava abarrotada, e alguns professores vieram nos cumprimentar enquanto as crianças observavam curiosas. "Estou nervoso, não durmo bem na noite anterior a uma palestra. Não é fácil matar sua família várias vezes", disse Niklas em voz baixa, enquanto se dirigia à mesa diante do público onde falaria.

Fez-se silêncio quando ele começou a falar do pai, que, antes de se tornar governador da Polônia ocupada, havia sido um advogado bem-sucedido. Ou do dia em que visitou um campo de trabalho escravo próximo de Auschwitz acompanhado de sua babá e os guardas nazistas obrigaram um grupo de internos judeus esquálidos a subir em um burro que pulava ao ser atiçado, provocando sua queda. Os presos eram obrigados a subir de novo em meio às gargalhadas do menino, embora eles não rissem. Ou de quando acompanhou a mãe ao gueto de Cracóvia em um Mercedes para comprar peles de alfaiates judeus pelo preço que quisesse, e mostrou a língua a um garoto judeu de sua idade que passava por ali entre policiais com chicotes, e de como este se afastou em silêncio – "sentia-me vitorioso".
Frank após a execução: "Imaginava suas últimas horas na cela, a chegada dos guardas, o trajeto até a forca e sua morte"

Ao final, os aplausos ecoaram na igreja. Os estudantes estavam felizes por ter comparecido, embora alguns reconhecessem ter ficado chocados com o que haviam escutado. Niklas estava exausto, mas claramente aliviado. Na saída, perguntei o que aconteceu com seus irmãos. Sua irmã Kitty, respondeu ele, se suicidou ao completar 46 anos, porque prometeu não superar a idade com que seu pai morrera, e outra irmã emigrou para a África do Sul, pois ali, pelo menos, existia o apartheid.

Seu irmão mais velho Norman, o único que o apoiou depois da publicação do livro sobre seu pai, mudou-se para a Argentina após a guerra e foi recebido como um herói pela comunidade nazista imigrante. Está aqui o "carniceiro da Polônia", cujo pai foi injustamente executado em Nuremberg, o mesmo que se sentou sobre os joelhos de Hitler, costumavam dizer. Norman despertou tal adoração que, não aguentando mais, deixou Buenos Aires para viver na selva e depois nos Andes, até que sua mãe implorou que ele voltasse para casa.

Enquanto isso, Niklas, já um adolescente, percorreu a Alemanha pedindo carona. Ele contou como conseguia lugar nos carros e até comida e alojamento grátis quando dizia quem era seu pai. Até que uma vez um motorista, ao saber disso, freou bruscamente e o expulsou do veículo, o que o levou a repensar seu passado. "O silêncio na Alemanha depois da guerra foi terrível. Isso começou a mudar graças à geração de 1968, mas a maioria dos alemães ainda não é democrata. Continuo sem confiar neles."

Recomeçou a nevar e os poucos que ainda restavam foram deixando o local. Antes de irmos, perguntei a Niklas se, depois de todos esses anos, ele continuava odiando seu pai. "Não mais. O que sinto é desprezo. O que ele fez doerá em mim pelo resto de minha vida, sobretudo agora que tenho três netos maravilhosos de três, cinco e sete anos, e penso como eles não ligavam para as crianças, eles as mataram. Foi terrível o que fizeram. Sempre que penso nisso, realmente me enfureço com meu pai."



Retirado do Opera Mundi 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Perguntas de um Operário Letrado


poesia de Bertold Brecht

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O descaso com os moradores de rua.


Estava indo para a casa por volta de 22:00 e me supreendeu um cidadão aparentando uns 65 anos, dormindo debaixo de um toldo de uma loja na Rua Duque de Caxias bem no Centro da Cidade. Parei de andar de bicicleta para tirar a foto e
quando me aproximei dele se acordou mas estava sem enxergar direito quando ele bocejava e em seguida virou o rosto e dormiu.
Depois tirei a foto no meu celular e me supreendeu de ver esta pessoa sem onde ficar numa noite que chovia razoavelmente que parecia uma noite de Inverno quando aparece ás pessoas se abrigando debaixo de toldos e marquizes. Mas era noite de verão, é triste de ver estas pessoas passando necessidade e onde anda as autoridades para recolher eles? A SORAN praticamente não existe mais na cidade e os órgãos competentes a Prefeitura Municipal com a Assistência Social e outros órgãos competentes, pois deveria ver esta situação dessas pessoas.
Enquanto não vêem esse descaso cada vez mais aumenta a quantidade de pessoas dormindo nas ruas que bem não chegou ainda os meses frios.

Anderson Silveira

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

OPINIÃO

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Chendler Siqueira

Dedico este artigo aos fieis leitores do Agora que, assim como eu, estão encolerizados com o repentino aumento da tarifa urbana em nossa cidade.

Dez centavos. O que se compra hoje em dia com esta moeda? Quase nada, de fato. Mal compraremos uma bala na quitanda da esquina. Mas se analisarmos a qualidade do serviço que nos é prestado, pelo valor atualizado de R$ 2,35, com absoluta certeza é uma imensa exploração. Na empresa de transportes NOIVA DO MAR, com estes mesmo dez centavos, estaremos agregando a nossa passagem o direito de irmos em pé, espremidos e maltratados como que em um caminhão que transporta gado, pelo simples fato da super lotação dos carros. Ao mesmo tempo estaremos abdicando do direito de nos expressarmos e fazer com que nossa vontade de público alvo seja acatada por aqueles que deveriam se preocupar tanto com a comodidade quanto com a satisfação de seus CLIENTES, coisa que visivelmente não esta acontecendo. Entre outros argumentos que me deixaram completamente irado, cito o fato acontecido com um colega, por conta do Sistema de Integração. Ele teve que descer do ônibus, pelo fato que em seu cartão ele teria usado a ultima passagem, que pelas normas do sistema não lhe da o direito de fazer a integração.

Outro fato ocorrido foi com uma colega que não conseguiu fazer a proeza de utilizar três ônibus pagando apenas uma tarifa. Ela pagou o circular na querência, e fez integração com o centro, mas ao chegar à Praça Tamandaré já havia passado 1h40min o que não lhe permitia integrar e ir ate a escola Juvenal Miller. Isto é um extremo absurdo, pois foi o prometido e como se pode ver não foi cumprido.

Falando em promessas não cumpridas, vamos relembrar o compromisso assumido pelo nosso secretário do transporte na Audiência Pública na Câmara de Vereadores em 03/09/2010 quando disse: “Com a integração tarifária, será possível utilizar até três ônibus com a mesma tarifa. Rio Grande é a primeira cidade do Estado a ter o transporte coletivo 100% INTEGRADO. Vamos integrar todas as estações de transbordo, e proporcionar maior conforto aos usuários do serviço. A intenção é de que o passageiro fique o menor tempo possível na parada, e o melhor, o novo transporte coletivo NÃO ACARRETARÁ AUMENTO NA TARIFA DE TRANSPORTE COLETIVO".

Como bem podemos ver, ao se passar cinco meses da implantação da integração a prática desmentiu como funcionaria em teoria o sistema, fazendo com que o secretario Enoc Guimarães se desmentisse perante toda população. Aliás, é sempre este o método utilizado pelo nosso parlamento: utilizar palavras bonitas na apresentação dos atos (os projetos nunca passam por aprovação prévia) e proferir mentiras LUDIBRIANDO os cidadãos para IMPOR ALGO QUE JÁ ESTÁ EM EXECUÇÃO e depois fazer totalmente o oposto, uma vez que o povo riograndino sofre de sérios problemas de memória. Nada que um asfalto e um canteiro florido não resolvam em época de eleição!

* Diretor de comunicação da União da Juventude Socialista (UJS) e União Rio-grandina de estudantes Secundários (URES

Chendler Siqueira
postado originalmente no Agora

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Saco da Mangueira, Rio Grande.





O saco da Mangueira possui intensa potencialidade pesqueira destruída seja pela pesca predatória, seja por resíduos urbanos e industriais. Existem indústrias de pesca de fertilizantes e petroquimica que despeja seus resíduos diretamente no Saco da Mangueira. A pesca predatória acontece principalmente com o arrasto (pesca de prancha), de coca e berinbaus.  Já as poluições urbanas alem do esgoto doméstico, fluvial, plásticos e toda tipo de resíduos, tem na ocupação de suas margens o seu principal problema.

 Outro problema pouco debatido, é quem hoje pode avistar o Saco da Mangueira, pois aos poucos a cidade deu as costas a este cartão postal de nossa cidade, que não deve ser os fundos das casas de poucos felizardos que podem ver esta enseada agonizando sozinha sem o devido apoio.

Victor Nobre
O saco da Mangueira é uma enseada semifechada, conectada a o estuário da Lagoa dos Patos.  Em suas margens encontram-se banhados salgados, campos litorâneos, dunas e arroios de sua micro-bacia. Essas áreas rasas são consideradas vitais para o estuário da Lagoa dos Patos tendo em vista a alta produtividade que exibem e de sua importância como abrigo e alimentação para a fauna local, abundante em siris, camarão, marrecas, cisnes de pescoço negro, garças, socos, biguás, Martins pescadores, e uma infinidade de pássaros, alguns jacarés e capivaras e uma grande variedade de peixes que a utilizam como criadouros.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Antiga casa de Che Guevara em Córdoba revela infância do revolucionário.

 


Quando, em 1932, as crises de asma já não davam trégua aos brônquios de “Ernestito”, de apenas quatro anos de idade, sua família decidiu mudar-se para as serras, por recomendação médica. O clima seco aliviou parte do sofrimento padecido pelo menino, após muitos tratamentos ineficazes na solução da doença que o acompanharia por toda a vida.

Assim, a cidade de Alta Gracia, localizada a 35 km de Córdoba, capital da província argentina de mesmo nome, viu crescer quem futuramente seria conhecido como Che Guevara em toda a América Latina e, por que não dizer, do mundo. Foram 12 anos, mudando de casa em casa, durante a maior parte da infância e da adolescência do revolucionário.
Uma delas, no entanto, foi definida pelo irmão de Che, Roberto Guevara, como a “casa de nossas recordações infantis”. A residência Villa Nydia, localizada na rua Avellaneda 501, foi aberta ao público em 2001 e convertida no Museu Ernesto Che Guevara, que abriga réplicas de seus objetos pessoais e diversos registros da trajetória percorrida da infância à fase guerrilheira.


Uma estátua de “Ernestito” sentado na varanda, logo na entrada, é o primeiro dos elementos que montam a linha narrativa desta história, desde a mudança à cidade em busca de uma cura para os males respiratórios, passando pelas viagens pela América Latina e seu protagonismo na Revolução Cubana, até a descoberta de sua ossada em uma cidade do interior da Bolívia, em 1997.
A ambientação da casa foi recriada segundo testemunhos de conhecidos e vizinhos, com réplicas dos móveis que pertenceram à família, fotos, cartas e homenagens escritas por amigos da infância. Na reprodução de seu quarto, em cima da cama, estão a bombinha para a asma, indispensável companheira, e alguns de seus livros favoritos quando criança: As aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain; Coração, de Edmundo de Amicis e O Corsário Negro, de Emilio Salgari.


Nas paredes, molduras com as cartas enviadas à sua tia Beatriz Guevara Lynch, nas quais relata seu dia a dia na escola, revelam as primeiras tentativas caligráficas que, anos mais tarde, se transformariam em um hábito, observado seus em extensos diários de viagens e dos dias de guerrilha.

Quando não podia sair com os amigos ou ir à escola, devido às crises de asma, Ernestito se refugiava na cozinha, na companhia de Dona Rosarito, cozinheira que lhe preparava remédios caseiros com ervas aromáticas da região. O pequeno Che demonstrava seu afeto colando em um caderno receitas recortadas do jornal que o pai levava para a casa, algumas das quais estão expostas na parede do recinto.

Na antiga sala de jantar da família, onde o pequeno Che tomava lanche com os amigos, se vê uma réplica da motocicleta com a qual o guerrilheiro percorreu cerca de quatro mil quilômetros. Atrás dela, um mapa ilustra os percursos de suas viagens. A sala também mostra fotos junto ao seu amigo e companheiro de sua primeira viagem pela América do Sul, Alberto Granado, na balsa batizada de “Mambo Tango” por pacientes cuidados por eles, em um leprosário às margens do rio Amazonas, no norte peruano.
O pátio da casa, menos conservado, era o lugar onde o argentino se reunia com amigos para brincar e jogar futebol. O local é mencionado em várias mensagens deixadas por seus amigos de infância, expostas em uma das salas do museu. Uma delas relata: “O fundo da casa de Guevara estava ao lado de um terreno baldio. Um dia construímos uma pista para andar de bicicleta. Todos os amigos de Ernesto cooperaram. Algum tempo depois, transformamos a pista em um campo de futebol”.

Entre os deliciosos relatos, um amigo conta um interessante episódio: “Fomos ao cinema ver filmes de guerra. Foi lá que Ernesto teve a ideia de fazer duas trincheiras separadas por uns 20 metros de terreno para brincar de guerra. Tiramos duas portas de arame do fundo da casa e usamos como teto. A terra das trincheiras foi cuidadosamente colocada (...) Os menores forneciam os projéteis, umas frutas secas e duras do tamanho de uma toranja. Eles eram lançados de uma trincheira para a outra, mas Ernesto levantou a cabeça e acertaram seu olho, que inchou e ficou roxo. Ele ficou bravo, de tal forma, que disse de tudo, mas terminou rindo. Tinha assimilado o golpe. Mais tarde, seu pai saiu e mandou todos embora, dando um fim ao combate”.


Os mais fanáticos podem encontrar no museu cópias de boletins de desempenho na escola, o diploma de médico – após sua primeira viagem pela América Latina, Che voltou para a Argentina para terminar a faculdade, como tinha prometido à sua mãe -, o uniforme de guerrilheiro, cartas manuscritas a seus filhos e ao companheiro Fidel Castro e, inclusive, seu comunicado de renúncia à direção do Partido Unido da Revolução Socialista de Cuba. Castro e Hugo Chávez foram algumas das personalidades que visitaram a exposição durante a passagem por Córdoba, na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em julho de 2006. Os mandatários percorreram os cômodos da antiga casa de Che contando anedotas e histórias sobre o argentino.

Retirado do Opera Mundi 
por Victor Nobre

sábado, 19 de fevereiro de 2011

INTEGRAÇÃO ou ENGANAÇÃO ?

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

INTEGRAÇÃO ou ENGANAÇÃO?
 Rio grande sofre com mais esta imposição do Prefeito e seus secretários, assim como a tentativa de aumento da taxa de iluminação publica. Em 17/07/2010 a prefeitura colocou em funcionamento o que foi chamado de integração.
Mas podemos notar com uma breve observação que de integração este sistema nada ou pouco tem a não ser o nome.
Quando o usuário do transporte publica em nossa cidade adquire o cartão eletrônico. Logo paga suas passagens adiantado, a quem beneficia a integração?
Quando pega-se o coletivo e este se atrasam por motivos mecânicos, a quem beneficia a integração?
Quando se desse de um ônibus e o próximo coletivo atrasa, a quem beneficia a integração?
Quando você esta no ônibus e acontece um engarrafamento e atrasam o mesmo, a quem beneficia a integração?
Quando a cidade recebe a visita de alguém de fora, a quem beneficia a integração?
Quando você não possui o cartão magnético, mesmo morando em Rio Grande a quem beneficia a integração?
Quando você possui o cartão magnético e na hora de passar na roleta este mesmo com credito dá problemas de leitura, a quem beneficia a integração?
Em vista de tudo que foi demonstrado até aqui,quando o usuário antes da dita integração pegava apenas um ônibus para chegar ao trabalho, e agora é obrigado a pegar um segundo coletivo, a quem beneficia a integração?
Quando nossos filhos, pais, esposas e nós mesmos, precisamos atravessar a RS para pegar o coletivo do outro lado da pista correndo o risco de atropelamento, para chegar à coisa que foi denominada integração. Quem se responsabiliza por todos estes transtornos e eventuais acidentes?
Recentemente estive em Belém, no Estado do Para onde desfrutei de uma verdadeira integração, peguei um coletivo no Bairro Tapanã desci na Estação Marex e de lá peguei um novo coletivo com destino ao Ver-o-Peso, o que me chamou a atenção foi ser transportado por empresas diferentes, com a mesma passagem, mesmo não sendo cidadão Belenense desfrutei deste sistema de transporte que facilita a vida do usuário, sem encarecer a passagem, nem constranger o passageiro.
Em Belém quando acontece um problema mecânico com o coletivo ou o ônibus atrasa e até mesmo quando um engarrafamento faz o coletivo perder o horário, o passageiro vai até a integração e não necessita pagar nova passagem.
Na cidade das mangueiras, não existe problemas com cartões magnéticos, pois o sistema não utiliza cartões e beneficia todos que precisarem usar o transporte coletivo.
Na capital do PARA, qualquer cidadão pode ficar o dia inteiro passeando pela cidade com apenas uma passagem, basta descer nas integrações e pegar um novo ônibus para outro local, dentro destas integrações, tem banheiros públicos, restaurantes e lancharias.
O sistema implantado em Belém foi projetado para melhorar a vida do usuário do transporte coletivo. Não para beneficiar empresários e algumas poucas pessoas.
 


 
Publicado primeiramente no pcdobriogrande.blogspot.com
em 03/12/2010
por Victor Nobre

Entrevista com o Presidente do Sindicato dos Rodoviários de Rio Grande e Coordenador Regional da CTB Ronaldo Pinto Costa.

 
 
 
 
 
 
 
O senhor Ronaldo fala ao pcdobriogrande.blogspot.com, em entrevista exclusiva e fala sobre o sistema de integração implantado em Rio Grande e fala dos pros e contras desse sistema, que é tão contestado em nossa cidade.

Victor Nobre-Quantos passageiros são transportados diariamente em Rio Grande pelo sistema de transporte coletivo?

Ronaldo Pinto Costa - Entre sessenta e três e sessenta e quatro mil passageiros diariamente, transportados nas duas empresas que realizam o transporte coletivo em nossa cidade.

Victor Nobre-Quantos ônibus circulam pelo sistema diariamente?

Ronaldo Pinto Costa - Em torno de cem veículos, fazem o transporte aqui em nossa cidade.

Victor Nobre-O sistema de integração do seu ponto de vista trouxe benefícios á categoria?
Ronaldo Pinto Costa - Trouxe beneficio, pois logo a principio as empresas contrataram em torno de 55 funcionários, ao contrario do que era esperado, pois se esperava muitas demissões. E as empresas continuam contratando.

Victor Nobre-A proposta de colocar nove cartões diferentes, não coloca em risco o emprego dos cobradores de ônibus?
Ronaldo Pinto Costa - Não, pois nossa convenção coletiva preserva a função do cobrador ou operador de sistema, mantendo o salário da função. E posso contar que em uma reunião da Intersindical do Rio Grande e o Vereador do PC do B Julio Martins com o Prefeito Municipal ficou a palavra do Senhor Prefeito que não haveria a extinção da função de cobrador com a implantação da integração tarifária.

Victor Nobre-De que maneira o Senhor definiria do Sistema de Integração implantado em Rio Grande?
Ronaldo Pinto Costa - A principio não sou contra a integração, pois é um sistema mais avançado e trouxe mais empregos para a categoria, mas a forma e o momento que foram realizadas as mudanças foram erradas, porque foram no termino das férias escolares e em período de inverno rigoroso e as estações de transbordo não estavam prontas,também faltou uma maior divulgação nas mudanças das linhas, e o usuário reclamava para o trabalhador e não para quem impôs as mudanças ou seja SMSTT, gerando problemas de saúde para alguns trabalhadores. Hoje com as mudanças que sucederam à situação já apresenta certa melhoria.

Entrevista concedida em 21 de dezembro de 2010, na sede do Sindicato dos Rodoviarios.

Para Victor Nobre.

Rio Grande cidade mais velha do RS

 

Rio Grande terra natal de um povo bravo e trabalhador, fundada em 1737 pelo Brigadeiro Jose da Silva Pães, situada entre a Lagoa Mirim, Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Único porto marítimo do Rio Grande do Sul, cidade operaria, chamada cidade vermelha, cidade de heróis. Cidade da tecelã Angelina Gonçalves, António Rechia e outros da mesma estirpe. Rio Grande da primeira fabrica de plataformas do mundo. Rio Grande terra dos sonhos. Poderia falar horas sobre suas potencialidades, sua história, mas fico com a poesia captada pelas lentes dos fotografos.
 






Club mais velho do Pais.
vista da Ponte Preta.

                                                     Carregamento de Navio no terminal.
 
Victor Nobre