terça-feira, 7 de junho de 2011

Battisti está ansioso por sessão do STF, diz defesa

O ex-militante Cesare Battisti está "ansioso" e "muito nervoso" por conta da sessão plenária do STF (Supremo Tribunal Federal) que deverá decidir o futuro do italiano.

Em declarações à ANSA, um dos advogados de Battisti contou que ele está "ansioso e muito nervoso", e inclusive teria tomado antidepressivos. O italiano, porém, acredita "que o Supremo Tribunal Federal o libertará".

A defesa de Battisti também afirmou que não conversou com o ex-militante sobre onde ele moraria caso fosse libertado. "Mas me parece que ele escolheria o Rio de Janeiro, onde já esteve", relata a fonte.

Já a ex-prefeita de Fortaleza Maria Luiza Fontenelle disse à ANSA que visitou Battisti ontem na prisão de Papuda, em Brasília, junto com o senador Eduardo Suplicy (PT). Segundo ela, o italiano está "otimista", "tranquilo" e "em boa saúde".

Fontenelle é a líder de um grupo brasileiro que apoia o ex-militante e prevê uma manifestação pacífica nesta terça-feira diante da embaixada italiana em Brasília.

O STF vai analisar amanhã o caso de Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando militava no grupo de esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).


Preso no Brasil em 2007, no Rio de Janeiro, o italiano recebeu o status de refugiado político em 2009 pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro. O refúgio impediu sua extradição à Itália.

O caso já foi analisado pelo STF, que autorizou a extradição, mas afirmou que a decisão final caberia ao presidente. Em seu último dia de mandato, Luiz Inácio Lula da Silva resolveu manter o ex-militante no Brasil, acatando um parecer da AGU (Advocacia-Geral da União).

Os advogados da Itália, por sua vez, defendem que a decisão de Lula desrespeitou os tratados bilaterais. Portanto, na sessão de amanhã, o STF analisará se o gesto do ex-presidente é válido.


Retirado do Opera Mundi 
por Victor Nobre

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