terça-feira, 23 de julho de 2013



"Quanto mais deixamos Stálin para trás mais perto nos encontramos de Hitler", entrevista com Iakob Djugashvili

 Iakob Djugashvili é um dos netos de Stálin. Defensor do legado do avô e irritado com todas as mentiras que lançam contra ele, Iakob resolveu levar certas discussões para o tribunal, assim como alguns outros membros de sua família têm feito ultimamente. Uma agência de notícias georgiana publicou uma entrevista recente com ele, a qual ele fala um pouco de suas opiniões sobre o avô, sobre a URSS, entre outras coisas.
Reconheço que está difícil de entender algumas coisas, até porque a versão em inglês no site é horrível também, acho que foi traduzida bizarramente do georgiano para o inglês. Tive muita dificuldade em traduzí-la, mas enfim, espero que entendam alguma coisa. Leiam a entrevista logo abaixo:
"Ditador ou líder? Qual era o verdadeiro Stálin? Porque seu neto Iakob Djugashvili está processando a Novaya Gazeta e Ekho Moskvi? GT (Georgian Times) entrevistou Iakob Djugashvili.

P: Como você pode defender a reputação de Stálin?

R: A época de Stálin e o papel de Stálin são duas coisas diferentes. Stálin é chamado de ditador e culpado por coisas que não fez. Um ditador tem poder real e controla as estruturas policiais e outras estruturas do país para fazer o que ele quiser. Stálin não tinha posto no Estado após 1941, nenhum oficial de polícia ou um soldado eram seus subordinados, porém ele era um líder. Seus colegas acreditavam nele porque Stálin não nascera em 1924 e eles haviam travado a luta revolucionária juntos. A estrutura colegiada de poder mostrou que tudo que Stálin escreveu foi posto em prática.

P: Há duas opiniões sobre Stálin. Ele ainda é cultuado por alguns na Geórgia, enquanto outros, o condenam. O que Stálin fez pela Geórgia, bom ou ruim?

R: Eu sou contra discutir Stálin em termos de Geórgia ou mesmo Rússia; ele era o líder da União Soviética. Ao contrário da Geórgia e da Rússia atuais, a União Soviética servia seu povo. Stálin deveria ser considerado uma força unificadora, não só pelo povo da Geórgia ou da Rússia, como por todas as pessoas sob a pressão das marionetes fascistas do Ocidente.

P: Um monumento em memória aos poloneses executados em Katyn durante a época de Stálin foi erigido. O que você acha disso?

R: Vou lhe dizer algumas coisas interessantes sobre a Polônia. Em 1934 (depois que os Nazis tomaram o poder na Alemanha) a Polônia tornou-se um aliado oficial da Alemanha. No verão de 1938, quando a Alemanha anexou a Áustria, a Polônia não cumpriu com as suas obrigações com a França, não se opondo à invasão alemã da Áustria. No outono do mesmo ano, sob o Tratado de Munique, a Alemanha não só engoliu a Tchecoslováquia como também a região Stettin da Polônia.

A Polônia sabia que isso aconteceria, mas não concordou nem com as partes do Pacto de Munique. A Polônia então cessou a conversação com a União Soviética, com a Franca e com a Grã-Bretanha sobre a formação de um pacto anti-Hitler. No dia primeiro de Setembro do mesmo ano, a Alemanha invadiu a Polônia e no dia 10, os patriotas, o Governo e os Generais da Polônia liderados por Sikorski deixaram o território polonês orgulhosamente e corajosamente.

Em 13 de Abril de 1942, Goebbels – com o objetivo de separar a União Soviética de seus aliados – declarou que em 1940 os judeus da União Soviética haviam executado milhares de oficiais poloneses. Dois dias depois, no dia 15 de Abril, o chefe exilado do Governo polonês e aliado da Grã-Bretanha, Sikorski, confirmou publicamente a afirmação de Goebbels sem fazer nenhuma investigação ou mostrar algum fato.

Em 1943, os britânicos planejaram um ataque à Noruega para cortar os alemães no Báltico. Mas os alemães descobriram isto. Então a paciência inglesa chegou ao fim e em 1994 (???? 1944, talvez?) o avião em que Sikorski voava do Marrocos para a Inglaterra caiu no Estreito de Gibraltar. Apenas os pilotos ingleses sobreviveram, Sikorski e seus filhos morreram.

O Governo polonês daquele tempo traiu todos seus aliados (até seu próprio povo) e deste modo provocou a Segunda Guerra. O truque propagandístico de Goebbels trouxe 1.8 milhões de voluntários ao exército alemão, prolongando a guerra e aumentando o sacrifício.

A questão de Katyn voltou aos holofotes em 1989 quando traidores comandavam a União Soviética. Eles queriam desmontar a União Soviética e um dos meios de essenciais de fazê-lo era destroçar o Pacto de Varsóvia. A Polônia então se juntaria à OTAN.

Agora o Ocidente fascista precisa da questão de Katyn para forçar a Federação Russa a pagar sua compensação. Eu tenho material de estudo nesta questão e ele me convenceu de que os alemães fuzilaram os poloneses na floresta de Katyn próxima a Smolensk, em 1941, quando eles controlavam Smolensk. Hoje todos culpam a União Soviética por executar poloneses em Katyn e usam esta questão para melhorar suas carreiras políticas ou para outros fins. Estas pessoas são os filhos espirituais de Goebbels e eu os considero meus inimigos.

O formato de nossa conversação não me dá a oportunidade para ir mais a fundo neste problema, e é por isso que eu aconselho aquelas pessoas que ainda tem dignidade e lucidez a ler o livro “Detetive de Katyn” de Yuri Mukhin, seu filme “Katinskaya Podlost” e seu mais novo livro, “Sud Nad Stalinim”, o qual Yuri Mukhin, Sergei Strigin e Mikhail Shved, os quais investigaram a questão, apresentam seus argumentos. Eu quero fazer seus leitores ficarem interessados ao dizer que Sergei Strigin descobriu 43 sinais de falsificação no argumentos do “Pacote Especial #1”.

P: Você vê o colapso da União Soviética como algo negativo? Você não acha que esse foi um dos períodos mais obscuros da história da Geórgia?

R: Sim, foi um período obscuro. Os Comunistas canibais criaram condições tão insuportáveis que a população da Geórgia aumentou de 2.7 milhões (de acordo com dados de 1914) para 6.7 milhões (de acordo com dados soviéticos de 1986), dos quais 70% eram georgianos. Um horror sem precedentes foi infligido no sistema educacional, era de graça e era um dos melhores do mundo. Mas não há nada comparável a crueldade chamada assistência médica de graça. Não só os hospitais como também sanatórios e campos de pioneiros eram livres de cobrança. Eu concordo que isso foi um genocídio contra o povo georgiano, agora sem ironia.

A União Soviética, como qualquer outro país, não era imune de crises. Elas eram normais. Mas não se parecia com outros países porque sua filosofia era bem progressista. Conseqüentemente era ameaçada por outro tipo de crise. O problema da União Soviética é que ela era comandada pelo Partido Comunista, uma criação parasitária. Stálin entendeu isto muito bem em 1936, quando ele buscou limitar os poderes do Partido. Stálin apresentou uma constituição em 1936 a qual permitia a participação de pessoas que não fossem do Partido.

Stálin fez campanhas contra as oligarquias do partido. Ele perdeu sua batalha, mas sobreviveu. Stálin ainda tentou repreendê-las no 19º Congresso, em 1952, porém, infelizmente, esta tentativa custou-lhe a vida. Ele foi assassinado. E foi sucedido pela campanha anti-Stálin de Kruschev, que não foi nada mais do que uma tentativa de mascarar este crime ao frear as reformas lançadas por Stálin.

O Partido Comunista tornou-se um ninho de “não-comunistas”. Porque estamos surpresos que hoje em dia as palavras “Comunista” e “Bolchevique” tornaram-se injúrias? Eu acredito que pessoas honestas e sábias tentavam curar as doenças da União Soviética, mas pessoas tolas e desonestas procuravam destruí-la.

P: Seu pai, Evgeny Djugashivili processou a Novaya Gazeta.

R: Hoje em dia não temos condições normais na Rússia e é impossível exigir que qualquer pessoa ou mídia de massa seja responsabilizada por suas palavras. Nós usamos o tribunal como uma forma alternativa de discussão. Tivemos um resultado sem precedentes porque o processo revelou a verdadeira natureza dos anti-stalinistas. Eles não tinham argumento algum para defender suas posições.

P: Agora você trouxe um segundo caso judicial acerca de Stálin.

R: Neste momento um segundo caso está ocorrendo contra Ekho Moskvi, que declarou que Stálin havia assinado uma ordem secreta para o fuzilamento de um menino de doze anos de idade que fora acusado de um crime. Só pense no tipo de besteira que Ekho Moskvi está pregando. Se a ordem era secreta como o tribunal foi capaz de passar a sentença? Eu não farei mais comentários. Vamos esperar pela audiência.

P: Como você avalia a afirmação de Merabishvili em sua entrevista a Kommersant sobre a oferta de dinheiro ao russos para explodir o monumento a Stálin?

R: O monumento a Stálin não é a questão. A verdade e a imortalidade de Stálin não dá descanso a essas pessoas. Como alguém disse um dia, quanto mais deixamos Stálin para trás mais perto nos encontramos de Hitler. O Ocidente está caminhando para um novo Hitler e seus lacaios nos puxam para a mesma direção."

Fonte: http://www.geotimes.ge/index.php?m=home&newsid=21385

Fonte -Mamayev Kurgan
 
Retirado da comunidadestalin.org

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